sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Voar de mãos dadas
Enquanto você ficava eu partia abandonada sem uma razão, um porquê. E quando do chão decolava com a dor eu voava na turbulenta visão do seu bem-querer. No ar já não sonhava com as promessas eternas. O que pressentia era a tempestade, a morte certa de uma empolgante paixão aspirante a um doce enlace, a uma comunhão. Quando finalmente consigo pousar em terra firme percebo que um amor leve, confiante e maduro se constrói quando duas almas conseguem voar de mãos dadas.