domingo, 21 de fevereiro de 2016

Raízes






Nós somos pura energia em crescimento, a seiva da vida, a força pulsante do amor.

Quando pensamos em desenvolvimento pessoal, em equilíbrio, em paz interior, em resgatar tudo de bom que a vida pode nos oferecer, a intuição nos leva a necessidade de nos fortalecer e de procurar o caminho de volta para nossa casa, o retorno as nossas raízes. Muitas vezes nesse processo nos deparamos com muitos impedimentos e resistências criados ao longo dos anos por um comportamento automático e uma mente viciada em auto-sabotagem.  
O caminho do autoconhecimento é escolher ir pela porta estreita, é aos poucos ir deixando para trás os atalhos, as desculpas, as justificativas e investir com determinação na iluminação, ou seja, na libertação do verdadeiro Ser. Não existe evolução sem desafio, ou criação sem a contradição dos opostos.  Conhecer e aceitar o nosso lado sombrio é adubo para nossa luz interior crescer e florescer. No decorrer do nosso amadurecimento muita coisa boa é encoberta pelos nossos traumas, nossas culpas, nossos erros. É como se criássemos uma crosta de barro embrutecendo  a nossa essência brilhante.
Reconhecer a nossa origem é compreender a vida de forma cada vez mais consciente. É saber que somos muito mais do que o papel que desempenhamos na sociedade, do que as máscaras que criamos para nos proteger do medo e da dor.  O que nos sustenta?  Quais são as nossas crenças? O que a nossa sombra reprimida está projetando de dificuldade no nosso caminho? Será a terra  o arado determinante das nossas atitudes?  O solo  é o pólen composto da herança divina de todos os seres do cosmos. Nele encontramos infinitas combinações e possibilidades. Quais informações nós escolhemos absorver? Será  que somos a pessoa em que nos tornamos? Será que estamos produzindo bons frutos?
Nós comumente temos o mau  hábito de responsabilizar o mundo , a família, as decepções do caminho e o inimigo pelo nosso fracasso, pelas nossas tendências e atitudes negativas. Rejeitar as nossas imperfeições acaba perpetuando situações e acontecimentos indesejáveis. Dominados pelos nossos impulsos resistimos insistentemente num labirinto de sentimentos de raiva, vergonha, arrogância e carência.  A única cura para sair desse ciclo viciante é o perdão, é olhar para nós mesmos com compaixão. É conviver pacificamente com nossas qualidades e imperfeições para poder transpor o sofrimento e ter a benção  de ser simplesmente autentico. É a coragem da entrega.  É recuperar a ética, o vigor da alma, com paciência e resiliência.
 A maturação deve ser natural e gradativa respeitando o tempo de cada um. O universo sempre conspira ao nosso favor, nós é que não enxergamos. Nós nunca estamos sozinhos apesar de todo processo ser individual. A ajuda, o apoio, o carinho está disponível para todos. Nós precisamos sair do automático para resgatar o poder pessoal, começar a fazer perguntas,  mesmo sabendo que dentro de nós já estão todas as respostas. Recuperar a sabedoria interior assumindo nossa auto-responsabilidade de ser feliz e fazer acontecer o nosso melhor e. Transformar a nós mesmos para obter a colheita que desejamos com novas atitudes e novos pensamentos.  Assim ávidos pelo banquete do conhecimento vamos aproveitar a grande e maravilhosa oportunidade: VIVER!  Nós não somos a terra, não  somos os frutos , não  somos  a sombra, nem tão pouco as árvores frondosas em que nos tornamos. Somos na verdade  a força invisível de nossas raízes construída pouco a pouco no alicerce da nossa jornada.  Nós somos pura energia em crescimento, a seiva da vida, a força pulsante do amor.
Paz e Luz!
Mônica Dias